terça-feira, 1 de agosto de 2006

As histórias de dona Ermira, Volume II

Dona Ermira trabalha muito (é auxiliar de enfermagem) e adora fazer cursos. Já fez curso de jardinagem, telepatia, modelagem, corte e costura, primeiros socorros, fenômenos paranormais, inglês, artesanato, reciclagem, e agora pretende fazer o curso de linguagem dos sinais, para se comunicar melhor com os surdos do espírito.

Além disso, dona Ermira é voluntária desde as primeiras horas. Já foi voluntária do CVV (Centro de Valorização da Vida, aquele sistema que você, desesperado, não tem com quem falar, então liga gratuitamente de um orelhão, e Dona Ermira estava lá, pronta para escutar todos os seus dramas). Dona Ermira também é voluntária em mais dois ou três hospitais, casas de apoio, orfanatos etc. Sinto muito, amigos mas a Madre Theresa de Calcutá não chega aos pés.

Outro dia, Dona Ermira terminou um plantão e saiu às carreiras, para emendar em um curso, depois um trabalhozinho voluntário, que ninguém é de ferro.Dona Ermira chegou ao vestiário dos funcionários, viu duas calças penduradas, da mesma cor, e pegou a sua.

Começou a vestir, e sentiu um aperto. Ficou preocupada: será que dei para engordar durante o plantão?, pensou. Puxou daqui, apertou dali, até que a calça entrou, e descobriu que as canelas tinham aumentado um palmo de tamanho. Mas, pensou bem, o que é uma reles canela, diante do curso e do trabalho voluntário. Saiu apressada, apertadíssima, mas chegou à parada de ônibus.

Dona Ermira pegou uma lotação e estranhou quando sentou. A calça começou a rasgar em várias partes. Teve medo de ficar nua. Por precaução, parou de respirar e desistiu de comer aquela coxinha com café. Parou também de pensar, para não cansar os músculos. Às duras penas, chegou ao final do dia. Chegou em casa com a calça se desmanchando. A filha disse um "mamãe, você está quase nua!"

Ao sair do plantão, sua amiga Sandra vestiu a calça e estranhou aquela imensa folga. De repente, um palmo de cintura a mais. O tecido se espalhava pelos pés. Olhou para o corpo, para ver se algo tinha acontecido durante o plantão, mas acabou descobrindo que aquela calça não era dela.

Conversa vai, conversa vem, as auxiliares de enfermagem chegaram à conclusão que Dona Ermira tinha aprontado mais uma: vestiu a calça da amiga, por engano, e deixou a sua.

A Sandra amarrou a calça com um cordão improvisado e voltou para casa, sentindo-se ridícula.

No dia seguinte, o hospital inteiro já sabia da história da troca de calças, realizada pela Dona Ermira.

"Mas mulher, tu não tem jeito, né?", foi o primeiro comentário de Sandra, entre risos. Dona Ermira ficou corada, mas já tinha providenciado os remendos nos lugares rasgados.

"Foi a pressa, minha filha", respondeu, entre risos.

Minha mãe é fogo!

6 comentários:

cometaurbano disse...

Sama, esta eu não sabia. Lembrei logo do incrível Hulck que ao respiirar um pouco mais rasgava as roupas todas. Ermirinha é fogo mesmo.
Até mais, PH

Anônimo disse...

Dona Ermira é o máximo! pense numa mulher arretada!
beijos Sama

Mariana Mesquita disse...

E além de tudo, dona Ermira faz um baião de dois que eu comi uma vez e não esqueço mais...

E é linda, parece ter 40 anos, não dá pra acreditar que de dentro dela saíram tu, Tonho e mais o resto da reca!

;.)

Anônimo disse...

hahahahahaha

beijinho, saminha

Anônimo disse...

Enjoyed a lot!
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Anônimo disse...

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