segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Anotações em uma boate gay em Salvador

Não sei de onde vem este gosto meu por aventuras. O fato é que apareceu uma viagem de última hora para Salvador, onde está meu afamado amigo Gustavo e meu afilhado, Emanuel. Vim de sopetão, quase sem bagagens.

No sábado, saímos com amigos, e lá pelas tantas, percebi que meu amigo andava olhando minha amiga com aquele jeito manso de quem quer algo. Por sorte, ficamos os três por último, quando a Gabi sugeriu irmos a uma boate. Eu detesto boate, mas estava dando uma de cupido, fui dirigindo.

Na portaria, homem batendo na canela. Cada segurança parecendo armário das Casas Bahia.

Quando entramos, o que tinha de homem beijando homem, não estava no gibi. Pois bem, neste momento fui informado que era uma boate gay. Gustavo e Gabi começaram a dançar já bem próximos, e pensei que algo iria acontecer.

Amigo, o que tinha de frango na boate, era um negócio espetacular. Frango alto, médio, baixo. Frango amarelo, preto, vermelho, asiático, francês.

Lá pelas tantas, tocou uma sirene e a luz ficou bem fraquinha. Eu não sabia que era o toque para o beijo geral. Todo mundo se agarrou. Fiquei estrategicamente ao lado do extintor de incêndio e fingi que beijava o objeto.

Tinha uns dançarinos marrudos com aquelas sunguinhas, igualzinho ao cinema. Os caras se achavam o máximo, mas eu prefiro a Gretchen mesmo, apesar de cansada de guerra.

Lá pelas tantas, a Gabi me deu sua bolsinha para segurar. É uma bolsa bem afeminada, dessas de levar pendurada no ombro. Fiquei com a bolsinha. Nesse momento, ela e meu amigo já estavam naquele enrosco que você não sabe quem é quem.

Resolvi ir ao banheiro. Lá dentro, mais frango. Um segurança com cara de malvado olhava tudo, para evitar sexo selvagem. Dei uma mijada temerosa e rápida. Na saída, com aquela bolsinha pendurada ao ombro, percebi o olhar atravessado do segurança, como quem diz:

"Mais fresco!"

Outra sirene tocou. Todo mundo se beijou até cansar a língua. Voltei para o meu querido extintor de incêncio.

A essa altura do campeonato, eu já estava me divertindo. Fui comprar uma cerveja. A latinha custava R$ 5,50. Roubo do caralho!

A sirene tocou mais umas três vezes, antes de sairmos. A turma gosta de se beijar mesmo, e não precisa ser com a mesma pessoa sempre.

Não fiz sucesso nenhum com os camarada da boate, deve ser por causa da barba grande e desgrenhada.

E graças a Deus, quem pagou a entrada foi o Gustavo. Custou quinze contos por cabeça.

Vou nessa. Tenho que ir a um terreiro de umbanda, a mais tarde.

40 comentários:

Beto Efrem disse...

Olha Samarone, eu leio sempre tuas crônicas. Nunca comentei, é verdade, mas leio. Desta vez, no entanto, eu tenho que falar. Gostei não da coisa do "Frango alto, médio, baixo. Frango amarelo, preto, vermelho, asiático, francês."

Talvez nem tenha sido sua intenção. E me desculpe por ser o chato a ter de dizer isso. Mas saiu sim o texto com ares de homofobia. Frango, antes de ser "frango", ou homossexual, ou bissexual, ou transexual, é gente. Se fosse uma "boate hetero" (como se boate tivesse sexualidade, né?) você com certeza não teria dito que tinha gente hetero baixa, alta, cabeluda, gorda, magra, alemã! Teria um monte de gente e pronto. Mas o discurso com "os frangos" termina levando a uma coisificação, entende? É como se você estivesse no mercado e houvesse variados tipos de manga. Masga-rosa, manga-espada, manga-verde, manguito. Só que com gente não dá pra ser assim. Principalmente com gente que já sofre tanta opressão, tanto preconceito.

Ademais, não tem nada de aventura em ir a boate gay. Cá entre nós. Aventura é viver em Recife em Janeiro de 2007! Aí sim. Mas ir a uma boate gay e chamar isso de aventura? Torna-se no mínimo esdrúxulo. Como se o mero fato de estar entre pessoas cuja sexualidade é diversa da sua fizesse daquilo uma grande aventura.

Enfim. Eu tinha de falar. Permanece a admiração e permaneço eu lendo as crônicas e o livro (Estuário).

Abraços!

Roberto Efrem

Anônimo disse...

Horrível. Decepcionante...

Anônimo disse...

Muito estranha essa crônica. Prefiro não acreditar que foi escrita por você. Aliás, sintomático vc se "agarrar com um extintor de incêndio". Poderia ter escolhido outro objeto fálico, não é mesmo?

Anônimo disse...

É uma pena... E logo após um belo, comovente, e rico texto ("Sobre as idades para algumas coisas ou todas as coisas", de 03.01.2007).

Anônimo disse...

Sama, tô vendo que a frangalhada todinha tá lendo teu blog...

Anônimo disse...

é bom que possamos mesmo discutir estas coisas que afetam a todos... hannah arendt diz que devemos mesmo guardar nossos preconceitos, pois todos os temos, indistintamente. mas não vi o texto como homofobia, mas como uma brincadeira, um xiste, "aventura" porque não é o comum do cronista - como ele mesmo admite - frequentar boates, quiça gays. devemos ter cuidado em não ser preconceituosos, mas uma coisa é uma relato da vida real, feita mesmo de alemãs, gays, nordestinos, brancos, negros, amarelos, judeus, todos nós, todos mesmo, de uma forma ou de outra, discriminados, outra coisa é discriminar...é bom que as palavras de sama não agradem aos politicamente corretos...Gustavo.

Anônimo disse...

olá, amigos, escrevi algo num tom muito divertido sobre uma noite deliciosa.
creio que está havendo um politicamente correto batendo nas canelas. vivamos com mais leveza.
beijos a todos.
sama

Anônimo disse...

Como é interessante o leque de interpretações que um texto pode proporcionar...
Preconceituso, leve, real, divertido, enfim! São algumas das formas de interpretar a crônica de Sama. Mas pra quem não o conhece ou quem não acompanha suas idéias através da leitura de seus textos realmente pode interpretar de maneira mais distorcida...
Mas acho legal tb a oportunidade e o espaço que encontramos aqui pra fazermos nossas colocações.
Aprendemos com as ideias dos outros... e podemos tb aproveita-las pra refletir um pouco sobre as coisas que são colocadas aqui!
Sama, vc abordou um assunto de extrema delicadeza e carregado de tabus. Teve a coragem (sempre digo que todo poeta é corajoso)de se expor mesmo correndo o risco de ser mal interpretado!
Valeu pelo assunto e pelo espaço pra discursão...
E concordo com vc, vamos ser mais leves!!
Beijos pra vc

PS: ainda bem que havia extintor de incendio por lá... rsss

Unknown disse...

Legal a crônica, me espantei com tamanha tempestade num copo dágua.

Faço coro com Samarone, levem a vida com mais leveza.

Um dia o mundo será dominado pelos politicamente corretos, e aí estaremos todos perdidos.

Anônimo disse...

Danou-se. Agora fiquei preocupada com esse preconceito com relação aos politicamente corretos. Saiu de moda e eu não soube? Quando foi?

Sama, essa foi uma crônica muito bem humorada e bem feita. Mas vamos lá, amigo, quem não lhe conhece pode mesmo pensar que você tem um tremendo preconceito contra os homo. Eu sei que isso não existe. De qualquer forma isso animou o meu início de manhã e tenho a impressão que a má impressão (repeti de propósito) vai acabar.

Beijos e bom dia.

Anônimo disse...

Sama, voltei pra falar de uma grande coincidência. Vim hoje no teu blog porque quiz pegar o endereço (tenho nos favoritos e copio lá de cima, na barra de endereços do navegador)para colocar em um comentário que fiz no Flickr, site onde coloco fotos que gosto de fazer, como hobby. O endereço que está no comentário que fiz aqui, antes desse, é o meu. Mas o que está como link no meu nome, aqui neste comentário, leva para um comentário que fiz lá no Flickr, abaixo de uma foto de um de meus contatos, lá. Deu pra entender isso ou compliquei muito? Estou correndo, já devia estar no trabalho há um bom tempo. Qualquer coisa escreve pra mim, você ou outra pessoa que não tenha entendido e queira entender (dulcevasconcelos@gmail.com).

Em suma: Lá eu fui politicamente incorreta porque disse que você estava sendo politicamente correto, citando uma de suas "grandes invejas" contidas em uma das crônicas do livro Estuário.

Mais beijos.

Anônimo disse...

ei gente, a sirene está tocando de novo.
vamo lá, todo mundo se beijando agora.
carpe diem!
a você politicamente correto, a você homo, hetero, branco, preto, lembrem que o riso vale a pena.
a luta é linda, é necessária, mas não precisamos atirar para todo lado. um pouco de senso de humor faz as coisas até mais verdadeiras quando a nascente é límpida e pode ajudar muito na vitória.
silvinha

Anônimo disse...

Atitude e comportamento discrimiatórios agora têm outra denominação: Politicamente "INCORRETO". E, ainda, sinônimos de coragem,leveza, e graça. Sendo assim, parabéns pela "bela" e "construtiva" crônica. A literatura, a poesia, o jornalismo, e a ética, agradecem.

Anônimo disse...

Quem brincou e se divertiu mesmo foi Gustavo, que, assumida, e verdadeiramente hétero, não ficou nem aí para os "FRANGOS". Ah, Samarone, nessa boate não tinha nenhuma mulher? Ou até, quem sabe, mulher beijando mulher? Sei não, visse. "Boi-Preto conhece Boi-Preto"

Daniela Peregrino e Fátima Borges disse...

Samarone

Me diverti demais com a sua situação descrita na crônica.
Continue escrevendo sobre suas "aventuras", quanto aos comentários, deixa pra lá, afinal de contas escrever é um grande risco.

Abraços

Anônimo disse...

Eita que as bichas politicamente corretas se soltaram....
Se agarrar no seu querido extintor de incêndio foi foda..haha..mai frescooooo
João Valadares...

Anônimo disse...

"e viver não é mesmo muito perigoso?"

"e viver não é mesmo eticétara?"

(do grande riobaldo, jagunço, em grande sertão veredas, pela poesia de guimarães rosa)

Anônimo disse...

Rapaz... tenho q falar, né? kkkk

Como teu amigo e fã de Sama, preciso dizer que tua 'aventura' (como realmente parece ter sido) poderia ter sido narrada até com mais leveza. Por incrível que pareça para muitos de nós, a palavra "frango", dessa forma, não é leve.

E assim é a vida. Como já disseram vários. A gente escreve o que a gente acha. Quem lê entende o que entende, de acordo com o repertório/bagagem de cada um.

O desafio de escrever (e o de escrever bem, como vc faz, Sama) é justamente conseguir equilibrar aquilo que vc pensa que tá escrevendo com o que as pessoas pensam que estão lendo.

Sendo assim, neste caso, é possível que vc tenha escorregado (quem sabe no extintor? kkk)

TEC: Sobe som / toca sirene / vai BG.

Com todo amor,
Ivanzinho

Anônimo disse...

eita que o negócio tá é pegando fogo!!!
ainda bem que agarrasse o extintor hein sama!
tô adorando. eheheheh

Anônimo disse...

Sama,
Você se lembra daquela noite na boate, aqui, em fortaleza?Caralho!
Tu quase levava o extintor com mangueira e tudo pra casa.Foi uma
confusão...um abraço da galera do
Monte.

NETÃO

Anônimo disse...

"Eita que as bichas politicamente corretas se soltaram...." A gente tem de ouvir(ler) cada coisa! Eu nem sei dizer se isso foi escrito pelo Valadares mesmo. Mas bora lá, continuar a conversa.

Primeiro, é de se dizer que em momento algum quaisquer das pessoas que questionaram a crônica no que eu questionei afirmaram sua identidade sexual. Ninguém aqui disse: eu sou gay e estou criticando! A simples crítica, no entanto, já faz com que uma tuia de gente venha dizer que as bichas estão soltas! Como se qualquer sujeito a defender os direitos de homossexuais fosse - pura e simplesmente pela defesa - também homossexual. Se foi Valadares quem escreveu mesmo, pisou na bola.

Outra coisa. O fato de algo parecer leve, engraçado, bem humorado, não afasta os preconceitos que carrega. Alguém aí no meio falou em Hannah Arendt. O que a moça diz em "O que é política?" é que todos(as) temos sim preconceitos porque nos é impossível conhecer tudo. Mas ela diz também que alguns desses preconceitos devem ser desconstruídos ou a política - o lidar com o outro, com o diferente - não se dá. Na verdade, na verdade, a convivência saudável não acontece. É o caso do humor. Ele normalmente reproduz um monte de preconceitos. Uns deles ofendem, discriminam. São engraçados? São sim, pra quem não sofre com elas. Tenho certeza de que um cidadão negro não acha graça em piada racista. O mesmo ocorre com piadas e crônicas em tons homofóbicos. Taí: preconceito existe pra ser transformado em conceito e conceito que se respeite respeita as diferenças!

Ademais ratifico: não tive a pretensão de chamar seu ninguém de homofóbico. Fiz a crítica à crônica que saiu "com ares" de homofobia. Coisa bem diferente. Que Samarone é gente boa e querida todo mundo sabe, tenho nem o que dizer, só concordar. Mas o texto, esse sim, demanda alguns cuidados.

Ah! E pra não esquecer: politicamente correto é a/o vovozinha(o)! Eu sou é um militante!

abraços!

Roberto Efrem

Anônimo disse...

Alguém anteriormente disse que escrever é um risco, pois é... Esse escrito provocou muitos riscos... Menos um: de pensar que o texto se aproxima da homofobia. Sama tem uma forma de escrever leve, engraçada e especial. Pena que nem todos estão neste universo. Sama, continue a escrever todas as coisas que vc. viver, revelando o que for. Vc. devia mesmo ter trazido o extintor da boate para varrer alguns comentários sem sentidos. beijos, seiva

Anônimo disse...

Samarone
Sempre leio suas crônicas e vc tem até um atalho na minha area de trabalho; mas quero dizer que voce foi profundamente infeliz com o que escreveu. Não sou homossexual (não "frango" ou "gay"), mas tenho amigos queridos e sei o quanto eles sofrem com a discriminação social. Já imaginou o que é vc não poder pegar na mão da pessoa amada em público? beijá-la ou abraça-la em público? não poder olhar prá ela com aquele jeito de cumplicidade que só que ama pode entender? - então, estas boates e espaços existem para que eles e elas possam expressar seus sentimentos sem maiores censuras. Se você não gosta, não vai lá, mas não escreva mais de uma forma tão preconceituosa e ridicularizando estas pessoas. Não o conheço, nem sei se vc é feio ou bonito, mas , caso vc não seja lá estas coisas e alguem publicasse em um blog, que "viu aquele cara muito feio que escreve o "Estuário", como vc se sentiria com este rótulo?
Concordo com o colega anterior: quando escrevemos corremos o risco de mostrar nossos preconceitos: e um que eu assumo é o preconceito com as pessoas que falam dos outros ridicularizando-as; prá mim, é: "atire a primeira pedra, quem não tem um defeito". Todos nós temos algum e não gostamos de ser ridicularizados por ele.
Vou continuar lendo voce, mas não pude deixar de registrar minha indignação.

Anônimo disse...

Samaroni, que bando de bicha revoltada, meu Deus! Taí um problema zoológico ! Quem mandou tu ser fiel ao linguajar pernambucano (o pernambucanês) ? Tivesse chamado as bibas de borboletas lilases ao invés de frango não teria nenhuma reação purpurínica desse tipo. Mas o pessoal do Sport Club Recife já tá achando que tu tava mermo era testando uma fantasia pra sair no desfile do LEÕES DO NORTE, agarrado no extintor e pedindo uma mangueira (rsrsrssr)

Anônimo disse...

Bom dia, Sama!

Conta como foi no terreiro de umbanda! Eu estou curiosa.

Os comentários feitos nesta crônica mostram uma multiplicidade de sentimentos incrível! É muito bom conhecer como funcionam a lógica e o sentimento diante de questões polêmicas como o homossexualismo. O bom disso tudo é que hoje em dia todos nós falamos sobre o assunto do mesmo jeito que falamos sobre qualquer outro. Acabou o tabu! Preconceitos? Esses sempre existirão, com relação a quase tudo que existe. E é muito benéfico quando usado assim, estimulando discussões, o que leva a revisões e redefinições de pensamentos e sentimentos. Afinal ficar apenas com o "conceito" é muito pobre, é estático, engessa.

Agora por favor, como foi no terreiro??? Baixou o santo? Incorporou? Tivesse medo?

Beijo.

Anônimo disse...

Saminha, achei o máximo! dei boas risadas imaginando toda cena.
Super beijo

Inácio Franca/Samarone Lima disse...

Sama agarrado com o extintor era, com certeza, o frango mais esquisito de Salvador naquele momento...

Decididamente, vosmecê não faria sucesso escrevendo no blog da Barbie

Inácio França

Anônimo disse...

bichas, frangos, boiolas
quero vocês presos
quero vocês juntos
quero vocês soltos
quero vocês todos.
eu sou gay
samarone é veado
todos aqui
são sexuais.

Anônimo disse...

O garajau tá agitado... esse negócio de ir pra boate de fresco só dá nisso. Elas são muito ciosas de seus “direitos”, essas rubronegras e rosadas...Nunca pensei que o blogo do MAIS QUERIDO iria servir de link pra um espaço de baitolas.

Anônimo disse...

Samarone, relaxa!! Sou gay e não vi nada demais na crônica escrita. Isso é frescura de bichinha afetada e que se sente a última pessoa do mundo por ser gay, logo, se acha perseguida o tempo todo. Não pode ouvir nada que já diz "isso é preconceito, isso é homofobia...". Pelo amor de Deus, quem é esse povo pra falar de preconceito se eles mesmo ficam se "auto fragelando"?! E olhe que você nem chegou a falar mesmo da "pegação" em si que rola pelos cantos da boate. Se tivesse falado, acho que estarias morto agora (risos).
Grande abraço!!

Anônimo disse...

efrem é mais é frango...

Anônimo disse...

Acho que o texto foi inconveniente.
A explicação do Samarone foi pior ainda.
Preconceito com as opções pessoais.
Intolerância.

Será que os heteros, os homos, os assexuados estão certos....
Cada qual isolados em seus grupos...
ou será que a União destes grupos se complementam....

Anônimo disse...

Rapaz, ontem a crônica de Samarone estava sendo discutida na mesa de um bar. Resolvi ler hoje e, apesar de humorísticamente fraca, ri quando encontrei o motivo de tanta discussão: a palavra "frango". É muito pudor literário (ou preconceito enrustido). Gabriel Garcia escreve "putas" e passa semanas como o mais vendido do mundo. Samarone escreve "frango" e é "quase" chamado de homofóbico. Só para terminar, a definição de "frango" como homossexual consta no dicionário. Como um tabuísmo, é verdade, mas assim também são consideradas "merda, caralho, pica, boceta, vulva, colhão, cona, foder, pívia, crica, pachoucho" e até mesmo o nosso "puta que pariu" de todo dia.

PS: estavam dizendo que tinha até frango barbudo na festa. A informação procede Sama?

Anônimo disse...

O melhor de tudo isso é que a escrita/leitura exerce sua verdadeira função. Compartilhar e discutir opiniões diferentes.
Que belesura é a diversidade.
Além do mais, o preconceito não está na palavra. Está na cabeça de quem maltrata, renega, ridiculariza. Não senti nada disso no texto de Samarone, mas senti nas respostas e comentários contra e a favor.
Um imenso preconceito com a liberdade de expressão...

Anônimo disse...

Kkkkkkkkkkk, eu queria ter visto a cena do banheiro, kkkkk.

Anônimo disse...

Pô eu adorei. E cá pra nós (sendo para todo mundo) tem muito frango em Salvador....Qdo vc menos espera (e não precisa esperar sirene) tem alguém com olhar lânguido.....

Mas adorei a forma bem humorada...e considero aventura pois, para quem não conhece o sistema "sirene" de boate no mínimo, deve pensar que é o alerta de incêndio, até que nota que o povo tá todo enroscado.

Adoro suas crônicas..............

Tina

Anônimo disse...

Severo Souza,

adorei o seu comentário acerca da crônica (se é que podemos chamar isso de crônica) GAY de Samaroni. Concordo totalmente demais com as suas indicações de leitura, mas acrescentaria ainda, que Smaroni fizesse uma rápida passagem por Nossa Senhora da Flores de Janet, para quem sabe ele entender os subterraneos da alma humana. Pois é Samaroni, palavras são palavras, como canta o bondoso Roberto Carlos, por isso precisa ser muito bem utilizada.

Anônimo disse...

Eu? Ôxe, ri à bessa!

Blz, Samarone!

Anônimo disse...

Ah, eu adoro Dostoievski e Kafka também.

Anônimo disse...

Sama,
Eu ja não como milho pra num da cartaz a frango...heheheh.

Ariel