Na sexta-feira, a tia Elisa partiu. O câncer no útero, que os médicos julgaram curado, voltou por outros caminhos, e desta vez, devastador.
O Paulinho, e sempre ele, viu as passagens. Dona Ermira, mi madre, viajou com a tia Beta para São Paulo. Ninguém chama tia Elizabete pelo nome completo. É só tia Beta e pronto. As duas tiveram tempo somente de ver a irmã no enterro, essas despedidas.
No domingo, o Paulinho, e sempre ele, viajou a São Paulo. É sempre bom ter o Paulinho por perto.
Conversas ao telefone, ponderações, dúvidas sobre como contar a uma senhora de 80 anos, bastante debilitada, sobre a morte de uma sobrinha, uma das mais queridas. Prevaleceu a tese da verdade. O direito de saber, para chorar a despedida.
Preparei um pouco o terreno, fui dizendo que a tia Elisa estava muito doente, que minha mãe viajou a São Paulo, enfim.
Rosa, que trabalha com tia há mais de dez anos, aproveitou uma conversa longa sobre parentes e saudades, e contou logo. Foi melhor.
Ontem, mexendo nas fotos da família, encontrei uma foto da tia Elisa, de 2000. Ela me pareceu triste, segurando a neta, Vitória, recém-nascida.
Botei a foto num altar, acendi uma vela, fiz minhas orações. Pela tia, por todos da família, por mim, por tantos.
A morte, essa despedida sem reencontro.
7 comentários:
Essa dor, essa dor...esta despedida só sabe quem viveu intensamente, quem amou profundamente.
Bom, pensemos; "a morte, essa despedida sem reencontro" ... imediato, com possibilidade de reencontro eterno.
Quem sabe até "a morte essa despedida sem reencontro" com viver atual, com possibilidade do reencontro com o novo viver....
Sigamos com o nosso viver...
Cheiro grande
a morte é só uma viagem, uma mudança de estado de espírito. díficil para muitos acreditarem, eu creio. espero que você tenha o merecimento de em outro plano encontrar sua tia beta, a qual se já acordou está muito melhor do que aqui neste plano. ela está em minhas orações nos meus pedidos aos espíritos socorristas, embora não a conhecesse ou que sabe já a conheci. paz para vc.
Oh Sama,
Que pena...
Sei da dor da perda.
Meus pesames
Eu acredito no reencontro, talvez seja uma forma de sofrer menos...
Meus sentimentos Samarone, fique na paz!
Sama,
nessas horas não se tem muito o que dizer, por isso vou usar um termo que vc já usou: "deu zebra".
Já perdi muitas pessoas queridas e a única coisa que podemos fazer é chorar essa dor e rezar!
Um grande abraço,
Sirley
Sama... lamento por sua tia!
Mas acredito sim que exista o reencontro.
Beijos no seu coração e fique em paz!
Postar um comentário